sábado, 26 de junho de 2010

O CALA A BOCA FEZ A GLOBO CRIAR O BONECO DO GALVÃO. FALTOU O DO TADEU E O DO ESCOBAR


A Fátima Bernardes e equipe da Globo. É fantástico!
A internáutica campanha “CALA A BOCA GALVÃO” mexeu com as estruturas da Globo.
E obrigou a até então privilegiada EMISSORA OFICIAL a imprimir ajustes e mudanças na sua cobertura – antes exclusiva – da Copa do Mundo.
A Globo já fora para a África do Sul com o saudosista gostinho da era pré-Dunga, quando a Fátima Bernardes era “eleita” a musa da Seleção Brasileira num processo seletivo organizado não se sabe por quem e onde ela a única “candidata”.
Naqueles tempos idos a mulher do William Bonner tinha um prestígio tão grande quanto injustificado junto a CBF.
Ao ponto de mostrar os jogadores na sua intimidade.
No avião durante os vôos.
Nos refeitórios.
E até na intimidade de seus dormitórios.
Algo que ficou memorialmente para trás.
E que só existe agora no CEDOC da Globo.
Enquadrada pelo técnico brasileiro, com altos índices de rejeição no Brasil e sem alternativa, restou à Globo apelar.
Primeiro com o editorial do Tadeu Schmidt no Fantástico após a vitória brasileira sobre a Costa do Marfim e depois com a carranca de seus demais repórteres.
Isso somente piorou a situação e deu origem a uma nova campanha no twitter, o CALA A BOCA TADEU SCHIMIDT.
A Globo se viu apeada de um poder que por direito não lhe pertencia e que, ainda assim, jamais imaginava perdê-lo.
Para piorar, a voz da ex-musa quase desapareceu sob as gélidas noites africanas.
Ela “entrava” no Jornal Nacional, com aquela expressão sorumbática e ar desmotivado acompanhada do próprio Tadeu.
Mandado calar a bocha por milhões de twitteiros a Globo teve que tirá-lo às pressas do JN deixando sozinha a Fátima que rápida e coincidentemente reencontrou a voz perdida.
Para compensar o desgaste sofrido, a emissora dos marinhos apelou para “botar” algumas pessoas como se fossem torcedores brasileiros por trás da murcha Fátima Bernardes no Jornal Nacional.
São figurantes aos quais é vedada maiores manifestação de entusiasmo.
Pois é.
O pessoal da Globo não ultrapassa os umbrais da porta de entrada que dá acesso ao hotel da nossa delegação.
A Globo não engole o fato de não mais filmar os aposentos e fazer entrevistas com os jogadores as duas horas da manhã.
A Fátima Bernardes daria um sorvete para quem dissesse a cor das poltronas daquele ônibus que transporta os jogadores brasileiros na África do Sul.
Entretanto, nada feito pela Globo na sua tentativa de reaproximação do público foi pior do que aqueles três bonecos tipo os de Olinda representando Nelson Mandela, Pelé e o Galvão Bueno.
Eles surgiram no intervalo e após o jogo desta sexta, quando o Brasil empatou com os portugueses.
Aquilo foi de um inominável mau gosto.
Dificilmente a Globo repetirá a dose.
Quem é o Galvão Bueno para merecer uma homenagem dos pernambucanos em plena Copa do Mundo?
Se o povo do Recife tivesse tanto carinho pelo Galvão o óbvio seria que o manifestasse ao longo dos quase quarenta dias de carnaval quando milhares de bonecos vão às ruas.
É muita cara de pau!
Uma vez que não dá para disfarçar o fato de que a Globo, ela mesma mandou confeccionar os bonecos, seria menos hipócrita e dissimulada se, ao invés de Mandela e Pelé, tivesse feito o do Tadeu e do Alex Escobar, este escorraçado pelo Dunga e aquele mandado se calar pelo Brasil, via twitter.
Acho que essa era a real intenção da Globo.
Pegou mal.
Muito mal.

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