sexta-feira, 11 de junho de 2010

ÁFRICA, BERÇO DA ALEGRIA E SEDE DA COPA DO MUNDO


A cara e a felidiade da África


Não é o Brasil nem são os argentinos.
Italianos, franceses e alemães.
Nada e nem ninguém é maior e mais importante nesta Copa do Mundo de Futebol do que a África do Sul e o seu povo.
Os africanos são anfitriões e hóspedes ao mesmo tempo.
Hospedam em seus corações a alegria que comove e envolve.
A bondade que cativa.
Que salta aos olhos num sorriso.
E pelo sorriso.

O sorriso de Mandela.

Que nos faz sorrir.
A África, fraternalmente, partilha com o mundo uma felicidade que é toda sua de direito. Quase um patrimônio imaterial.
Uma felicidade que se eterniza e se exterioriza em cada gesto de seus filhos, por todos os lugares, cidades, vilas e aldeias... Por todos os cantos do mundo.
Nós, brasileiros estamos orgulhosos de nossos irmãos africanos.
O mundo exulta e os povos vibram, incontidamente, com a história da África.
Uma história que agora é reescrita.
A história da superação.

Que descreve a vitória da verdade sobre a mentira, o mito e preconceito que apavora.
A África não é uma grande caverna de fósseis com restos de vestígios biológicos como a grande imprensa insiste em apresentá-la.
A África não é um sítio arqueológico a ser descoberto a cada dia pelas civilizações americanas e européias.
A África não é o berço da fome nem da morte.
A África é o berço da humanidade no qual embalou a vida e a civilização no seu surgimento há alguns milhares de anos.
A oficina onde se “embrionou” as primeiras tecnologias que possibilitaram a sobrevivência e o desenvolvimento da espécie humana nos seus primórdios.
A descoberta do fogo, os materiais de corte como o machado, os artefatos de pedra, osso e madeira.

As embarcações, a exploração do solo e a extração de seus minérios.
A África esteve na vanguarda do desenvolvimento da humanidade não só no seu início como também durante um longo tempo do período chamado de civilização que dura até hoje.
Mas muitos resistem em admitir que a humanidade teve seu começo e desenvolvimento no continente africano.
Que foi ali que onde as grandes transformações - que geraram o ser humano atual - se fizeram pela primeira vez.
E preferem mostrar uma África tribal e exótica responsável pela sua auto-extinção.
A África que brinda o Mundo com a Copa é a África que há dezesseis anos era dividida pelo apartheid.
Um regime que segregava os africanos em função da cor.
E que ainda separa socialmente as pessoas na África, no Brasil e no Mundo.

A Copa do Mundo na África do Sul a recoloca na história das nações livres e independentes.
E nos faz sentir orgulho da liberdade alcançada pela Pátria-mãe.
Porque somos todos filhos descendentes de Lucy, aquela que, mais que um fóssil descoberto pela Ciência, teria sido a” mãe” da África, a mulher que confirmaria a existência dos primeiros seres humanos naquele magnífico continente.
Sejamos, pois, gratos à África pela vida civilizada e humana, por isso, civilizadamente, vibremos, nos emocionemos e torçamos pelos nossos irmãos africanos.
Pelo menos até que eles se encontrem com o Brasil.

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